Acreditamos que a verdadeira justiça e liberdade na era digital nascem da luz, não da sombra. Chega de opacidade, chega de controle invisível. Propomos um novo pacto para a internet, fundamentado na auditabilidade e na soberania do indivíduo sobre a informação.
Por tempo demais, governos e as grandes empresas de tecnologia (as "Big Techs") acumularam e controlaram nossos dados de forma escondida, usando desculpas como "segurança" ou "segredo industrial". Eles nos monitoraram sem que soubéssemos. É hora de **quebrar esses muros de informação** e dar poder aos cidadãos para verem e fiscalizarem os dados que eles mesmos geram. **A internet pertence aos seus usuários, e os dados sobre o que eles fazem nela devem refletir essa liberdade.**
Para que a internet seja justa e imparcial, precisamos poder conferir o que acontece nela. Se os dados de acesso (quem acessou o quê e quando) não estão visíveis e abertos para qualquer um analisar, não temos como saber se as redes são realmente neutras, quantos acessos são de robôs e quantos são de pessoas, ou se as interações (como "curtidas") são verdadeiras. **A transparência é a base para confiarmos e para podermos verificar tudo.**
Muitos dizem que a segurança de dados significa esconder a informação de quase todo mundo. Nós acreditamos no oposto: que a **segurança de verdade vem de deixar os dados de acesso públicos**. Pense nas câmeras de segurança: se as imagens só são vistas por um grupo pequeno, pode haver abusos. Mas se todo mundo pode ver, há mais chances de descobrir erros e injustiças. O mesmo vale para os dados: o **escrutínio público dos logs** expõe problemas, evita ações erradas e dá poder a todos para fiscalizar, mostrando, por exemplo, a ação de robôs.
Se uma pessoa é avisada de forma clara sobre como os dados de seu acesso (como o seu endereço de internet - IP - e as páginas que visitou) serão usados e tornados públicos, e ela **concorda livremente** em continuar (tendo a opção clara de simplesmente não usar o serviço), **não há quebra de privacidade**. A liberdade de cada pessoa decidir sobre seus próprios dados é um direito fundamental que não pode ser ignorado pelo governo.
Quando o endereço de internet (IP) de alguém aparece em um registro de acesso do site (o "log"), mas o site **não tem como saber quem é essa pessoa** (porque apenas a empresa que fornece a internet dela, o Provedor de Internet, sabe o nome associado a esse IP), então, para o site, esse dado é **anônimo**. A responsabilidade de **não revelar a identidade real** da pessoa a partir do IP é exclusivamente do Provedor de Internet, e não de quem apenas registra e mostra o IP no log do site.