A escolha de César

 

César estava diante de uma escolha visceral.

Olhava para uma opção, pensava, olhava para outra, ponderava.

Uma tinha lindo corpo, um brilho intenso e vivaz, parecia um veludo sua pele (como era bom tocá-la). Suas formas e roupas eram harmoniosas. Fashion, estava maquiada, aguçando todos os sentidos que um corpo pode ter. Era Imoral.

Outra também com lindo corpo, mas que fugia de um padrão. Exótica (como era bom pegá-la). Possuia o frescor do que é natural e instintivo. Esta podíamos chamar de dádiva natural, feminina e celestial perfeição. Era Amoral.

E César, com sua moral, e a mão no bolso, observou mais de perto aquelas duas e acabou dizendo espontaneamente em meio a elas:

“Porra! Puta que pariu!...mas que diferença de...”

César, então, após detida ponderação, escolheu levar os dois tipos de maçãs, sendo metade de maçãs orgânicas, e metade das outras maçãs. Resolveu comer as duas.

 

02 de novembro de 2018


 

Augustus

A Festa